quarta-feira, 10 de abril de 2013

CARNAVAL DE CONGO E MÁSCARAS DE RODA D'ÁGUA 2013



                                  


PRIMEIRA PARTE: PROCISSÃO E MISSA CAMPAL



                                  

SEGUNDA PARTE: O CARNAVAL DAS BANDAS DE CONGO E AS MÁSCARAS




                                  
                     Godô aprendendo batuque com o congueiro mirim







   Veja mais fotos no final do texto





Carnaval de Congo de Roda D’Água homenageia Nossa Senhora da Penha 


Oito de abril. O dia da padroeira do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha, é lembrado de maneira especial em Cariacica, com o Carnaval de Congo. Quando surge a dança dos mascarados em meio à congada, na zona rural do município, tem-se a certeza de estar diante de uma manifestação única do folclore brasileiro. Também é das mais autênticas expressões da cultura e da religiosidade local. A festa,, na comunidade de Roda D’Água.

Tambores e casacas acompanham toadas tão antigas que é difícil saber ao certo a origem das composições. Os estandartes com os santos homenageados guiam a procissão. Esses elementos são característicos do congo, uma das mais importantes marcas da cultura popular do Espírito Santo.

São 10 bandas de congo locais: Banda de Congo São Sebastião de Taquaruçu; Banda de Congo Santa Isabel de Roda D’Água (adulto e mirim); Banda de Congo Mestre Itagiba (adulto e mirim), Banda de Congo São Benedito de Piranema; Banda de Congo São Benedito de Boa Vista; Banda de Congo Unidos de Boa Vista (adulto e mirim); Banda de Congo da Apae de Cariacica, e mais seis bandas convidadas, vindas de Linhares, Fundão, Serra e Guarapari, totalizando mais de 300 congueiros participando dos festejos.

Programação



Missa no campinho da Associação de Moradores de Roda D’Água. Após,o cortejo das Bandasaté o campo do América F.C., de Roda D’Água. Após o almoço, o Carnaval, com os mascarados (João Bananeira) e um grande final quando a Ave Maria em ritmo de congada encerra a festa, seguida de show pirotécnico.

Confecção de máscaras

Durante a festa, no stand da secretaria municipal de Cultura, Esporte e Lazer (Semcel),  oficina de confecção de máscaras e uma exposição sobre o congo com fotos e instrumentos. “O Carnaval de Congo é um espetáculo dentro do movimento congueiro. Consequentemente, fortalece a cidadania e a autoestima dos cariaciquenses”, ressalta o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Délio.

Tradição secular, marcada pelo hibridismo das culturas africana, indígena e portuguesa, O Carnaval de Congo é uma síntese da alma capixaba. As origens para o festejo são diversas.

Raízes

Uma das histórias contadas pelos mais antigos da comunidade diz que a manifestação é uma homenagem a Nossa Senhora da Penha, santa católica, padroeira do Espírito Santo. Impossibilitados de ir até o Convento para participar dos festejos devido à dificuldade de locomoção, os congueiros saíam pelas ruas da localidade em procissões animadas por tambores de congo.

A primeira procissão teria acontecido em Boa Vista. Segundo antigos mestres, a maioria dos participantes era portugueses, pequenos senhores de terras da região.

Outra versão para o surgimento do festejo estaria numa promessa. Contam alguns que havia na região uma velhinha que fez uma promessa a Nossa Senhora da Penha pela saúde da neta. Se a menina fosse curada, ela sairia com os tambores de congo pelas ruas em homenagem à santa.

Antigamente, a procissão saía da igrejinha e, a cada ano, seguia para a casa de um “cumpadre”. O trajeto, em torno de 5 quilômetros, terminava com uma mesa farta de iguarias para os romeiros. O fim do festejo era marcado pela oração da Ave Maria.

Os mascarados

No meio da procissão, de trás de arbustos ou de casas, mascarados se juntavam ao cortejo. De acordo com a história contada na região, eles seriam negros fugidos da Revolta de Queimados (1849) que, para não serem reconhecidos, colocavam máscaras para cobrir os rostos e até mesmo meias nos braços. O disfarce era usado para que pudessem se entrosar e participar da festa.

A região do monte Mochuara era conhecida por abrigar negros fugidos de fazendas, que ali formavam quilombos. Eles tocavam tambores, principalmente de lamento. Após o fim da escravidão, os escravos refugiados foram descendo e formando famílias. E assim muitas bandas de congo surgiram ao redor do monte.

Com o passar do tempo, tudo passou a ser uma brincadeira. As pessoas se paramentavam com as folhas de bananeira, colocavam máscaras e se escondiam para sair de dentro dos arbustos, no meio do cortejo. O objetivo era que ninguém descobrisse quem estava por trás da máscara, sendo revelado somente ao final da festa.



Texto base : Brunella França
Jornalista responsável: Evandro Costalonga





































































































7 comentários:

  1. O Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'Água, é um manifestação da cultura afro-brasileira, com grande influência indígena e que resiste ao tempo.Muito bom o Carnaval de Congo de Cariacica!

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    1. Agradeço pelo comentário e pela visita. Volte sempre!

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  2. Que coisa mais linda! Parabéns Dicesar por cubrir o Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'água você foi brilhante a festa ganhou muito com sua presença e o povo Cariaciquense agradece todo seu trabalho feito com amor para todos nós. Valeu!!!

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  3. O vídeo eu Godô tendo uma aula com o congueiro mirim foi show, em momentos fiquei perdido mas com a habilidade do garoto em bater no tambor até me facilitou para acompanha-lo. " Fantástico " veleu demaisssssssssss

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  4. Godô, é um prazer registrar eventos como esse, que marcam a cultura da região. Além disso, a gente se diverte também!!!

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  5. nossa que legal sou de uma aldeia indígena e aqui também o congo faz parte de nossa cultura gostaria muito da visita de vocês em minha aldeia e na escola tem projeto de fala da cultura do congo para nossas crianças
    um beijo e que Tupã esteja com vocês!

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    1. Bom dia, obrigado pela visita ao blog e comentários.
      Mande um email para dicesarprosaf@gmail.com identificando sua aldeia , que eu encaminho para os organizadores da festa para que seja verificada a possibilidade do intercâmbio.

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